segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Desrespeito com o Público!

Sou frequentador assíduo de shows em Porto Alegre desde o final dos anos 80 - os textos deste blog e ele próprio estão aqui para provar  - e nunca vi tanto desrespeito com o público como atualmente. Se ainda temos produtoras que disponibilizam pontos de venda apropriados, por outro lado, temos aquelas produtoras que não se importam com o público no momento da aquisição do ingresso.
Nos anos 80 em diante, tinhamos a venda de ingressos descentralizada com vários pontos de venda pela cidade. Hoje, a descentralização deu lugar ao que as produtoras classificam como "o conforto de adquirir seu ingresso sem sair da sua casa." Só tem um detalhe, nem sempre desprezível: a maldita taxa de conveniência, que gira em torno de 20%, já deu problema quando quiseram que fosse 40% do valor do ingresso!  Ora, se a impressão é a mesma, o ingresso é o mesmo, se o comprador estará em casa, não precisando se deslocar pra buscar o ingresso...porque a taxa tão excessiva? 5%, até se aceitaria. Mas, 20%??? Só uma pergunta, com estes percentuais, a tal taxa de conveniência...é CONVENIENTE para quem???

Quando comprei o ingresso para o show do Roger Waters, fiquei 3h em uma fila de não mais do que 200 pessoas.(Na época, comentou-se que a referida loja teria feito "venda casada" de alguns dvd do músico para facilitar a aquisição do ingresso, esquecendo aqueles que estavam na fila, como eu.)
Outro aspecto interessante é que algumas produtoras colocam seus postos de venda em lugares longe de tudo.

Dificulta-se só um pouquinho...

Hoje, ao adquirir o ingresso para o show do KISS, no próximo dia 14 de Novembro, passei por uma situação bizarra: uma fila de 100 pessoas, demorou 3h!!! Tudo isso na rua, na chuva, no frio. Sabem por que? Porque, mais uma vez, não se descentralizou a venda de ingressos, se preferiu ponto único de venda ou a televenda e sua taxa de conveniência! Neste único ponto de venda de ingressos, tinha dois funcionários, cada um com seu notebook online!!! Ou seja, a conexão LENTÍSSIMA, pois além deles, outros tentavam comprar de casa, tornando um suplício a consequente venda do ingresso. Ah, detalhe mais do que bizarro, os ingressos JÁ ESTAVAM IMPRESSOS...o acesso era só para fazer A VENDA!!! Para completar, só a dinheiro. Sem cartões de crédito, nem nada...
Incrível que quanto mais tecnologia se tem, aparentemente para facilitar a vida das pessoas, estas produtoras caminham no sentido contrário. Nos anos 80, 90, quando não se tinha toda esta tecnologia, a venda de ingressos era descentralizada. Hoje, ao contrário, centraliza-se esta venda.


Pela descentralização na venda de ingressos já!

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