quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

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terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Rock in Rio - 1985.

Imagine um mundo sem: celulares, banda larga, redes sociais e, por óbvio, sem internet.
Sim  meus caros, este mundo existia a pouco tempo atrás. E uso o ano de 1985 como exemplo disso. Naquele ano, surge a informação que haverá um festival chamado "Rock in Rio" e teríamos bandas consagradas tanto internacionais como nacionais.
Alguns dos "especialistas do ramo" diziam que as bandas gringas estariam em seu ocaso e que viriam pra cá pra um showzinho a mais. Não foi o que se viu.
 Lembro que meu primeiro contato com um show de rock foram as imagens do KISS no Maracanãzinho, acho que 1981 ou 1982. Dali em diante, eu sabia que algo havia mudado. E, possivelmente, para sempre.
A relação de atrações ia desde os ícones do Metal como Iron Maiden, Yes, Ozzy, Ac/Dc, Scorpions, passando por All Jarreau, James Taylor, e bandas clássicas como Queen, B'52s entre outras.
É importante lembrar que inicialmente tinhamos o Def Leppard como atração do Festival. Porém, meses antes, o baterista sofreu um grave acidente em que sofreu a perda de um dos braços. No seu lugar entrou o Whitesnake que viria a brilhar muito.

Esta é a programação da edição de 1985. Como se vê eclética e de qualidade. O que não se viu em edições mais recentes.

O que mais se aproximava de um "momento de rock" na tv (não existia esta diferenciação de 'aberta' e 'fechada', uma vez que só havia um tipo de transmissão) eram os programas, transmitidos pela TVE, chamados "Onda <ano>".  O primeiro "Onda" que eu vi foi o "Onda 83", no ano de 1983. Ainda hoje sinto falta, pois eram só vídeos durante uma hora e com um só intervalo comercial.  Percebeu que estamos numa época "pré-MTV"? Pois é, meu amigo leitor e eu tenho saudades disso. Muitas inclusive.

A cultura do Rock em Porto Alegre - pelo menos de adolescentes como eu - vai desenvolver-se também com lojas como Megaforce e MadHouse. Quem é daquela época lembra... Todos os sábados, ou na maioria deles, um bando de malucos ia nestas lojas, se não pra comprar, pra ver os discos, camisetas e encontrar amigos. Mas isso ocorreu, pelo menos pra mim, com mais força depois do Rock in Rio.

Se hoje basta tu ligares num site qualquer, ou num canal fechado e ver a transmissão de determinado Festival, naquela época não tinha isso. O que se tinha era a transmissão da Globo que ocorria depois, beeemmm depois, da novela. Muitas vezes, depois da 1 da manhã.
O que eu fazia? Pegava uma TV P/B pequena, levava pra cozinha e lá ficava conhecendo aquele mundo que para mim era todo novidade. E saia da cozinha de casa às 3 da manhã. Naquela saudosa TV P/B vi meus primeiros shows do Iron Maiden, Queen, Whitesnake entre outros... Pra quem não sabe, P/B é a sigla para "Preto e Branco".

O mais bacana é que, como o festival era novidade pra todo o país, a cobertura foi muito bacana. Editoras lançaram a febre das revistas-poster.

Ai ao lado estão algumas das minhas Revistas que guardo com carinho. As revistas desta foto ao serem "abertas" formam um foto com dimensões consideráveis: 1,10 x 0,80.

E todas tiveram um mesmo endereço: as paredes do meu quarto.Mesmo que o texto fosse muitas vezes repetitivo, até porque a História não se modifica, o que valia era a edição e a foto central.










As principais bandas de metal (Iron, Whitesnake, Scorpios e ACDC) tiveram sua edição comemorativa ao show que fizeram. Comprei as quatro.

São publicações até simples é verdade, mas para um cara de 15 anos, aquelas revistas eram verdadeiros troféus. Hoje, passados 30 anos do festival, vejo que realmente são troféus.














 O Whitesnake, na turnê do seu disco "Slide it in" ,numa de suas melhores formações, vem ao festival com um show impactante. Com um setlist recheado de clássicos do Purple, banda anterior de David Coverdale, e de petardos do disco daquele ano, fizeram a banda cair no agrado da galera. Anos mais tarde comprei uma versão daquele show - uma gravação pirata em VHS que me custou o salário do MÊS de estagiário. Coisa da vida, amigos.
 O Scorpions e seu hard rock competente e redondo também se fizeram presentes no festival.

E o Iron, que depois tornaria-se figura carimbada em "terras brasilis", vinha com a formação clássica em turnê de seu "PowerSlave", outro disco que se tornaria clássico da trajetória da banda inglesa.








E esta é a minha homenagem ao Rock in Rio e seu aniversário de 30 anos.