terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Deep Purple em Porto Alegre

Quando se foi adolescente, nos anos 80, como eu, se ouvia os lp's das bandas como um tipo de culto. Ian Gillan, Roger Glover, Ritchie Blackmore e Ian Paice povoavam a nossa imaginação ao ouvirmos clássicos como "Speed King", "Black Night", "Highway Star" e a, de sempre, "Smoke on the water". Discos como "Live in London", "Burn", "Made in Japan", faziam de nossas tardes ou noites, momentos recheados por aquilo que, agora o mercado, tratou-se de nominar como "Air Guitar".


Em 1991, a banda veio, pela primeira vez a Porto Alegre, mas com uma defecção: Ian Gillan! Em seu lugar, Joe Lynn Turner. Conheci muitas pessoas que deixaram de ir ao show devido a este detalhe. O Show foi emblemático e inesquecível. Entre tantos momentos que lembro daquele show, estão "Difficult to cure", do Rainbow, com Blackmore fazendo seu solo dentro de um cone de laser verde. Cada vez que as cordas tocavam o laser o efeito era impactante. Os clássicos foram cantados em uníssono por um Gigantinho lotado. O momento constrangedor ficou por conta da "tentativa" de Lynn Turner tentou cantar "Child in Time". Só tentou...o comecinho..e ficou por ai...a banda, logo em seguida, introduziu outra música.

Em seguida, o Purple tocou outras três vezes na cidade, todas elas como Ian Gillan, porém, agora a falta seria outra, bem mais sentida e, pelo visto, definitiva: Sai Ritchie Blackmore entra Steve Morse. Em outro momento, saiu também Jon Lord, sendo substituído por Don Airey.

Evidente que Blackmore faz falta a qualquer banda, mas Steve Morse dá, muito bem, conta do recado. Ritchie Blackmore segue com seu projeto de músicas medievais...

Que assim seja e que o Purple retorne mais vezes à Porto Alegre.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Vocês tem sorte e não sabem!!!

Começo dizendo uma coisa: a atual geração de roqueiros tem muita, mas muita sorte, mesmo. Lembro que, logo depois do Rock in Rio (1985), fiquei pensando que jamais conseguiria algum disco de alguma daquelas bandas. Pois para conseguir material pirata era algo impensado e , provavelmente, CARO!
Para terem uma ideia, um dos pontos de encontros de metaleiros e rockers em geral, na época, era a loja - saudosa, desde já!- Megaforce. Lembro de uma vez "anunciarem" - o anunciarem é entre aspas, porque era o bom e velho boca a boca...o pessoal falava um para o outro e assim a coisa ia. Não tínhamos as "redes socias" de hoje, ou, nossa rede social era o pátio da escola...- um show do Iron Maiden. O tal do show era uma gravação prá lá de pirata- nada de usar celular com camera ou mesmo máquina digital, esquece! - de um show da banda na Europa. A Megaforce - que era pequena ficou lotada e ficou gente no corredor do Centro Comercial, hoje díriamos Shopping Center - Independência. Até porque o Iron Maiden, até então, nunca cogitara voltar ao Brasil, o que dirá tocar em Porto Alegre. Ainda bem que já pude ve-los duas vezes em Porto Alegre depois disso.
Discos de vinil,as tais bolachas, quando se via alguma pirata era caríssima. Lembro de conseguir uma gravação do show do Whitesnake no Rock in Rio, através de uma amiga que reencontrei no Facebook (Carla, um abraço), em VHS e aquela fita durou,rendeu.Na real, valia ouro.
Atualmente é tudo muito fácil, fazer gravação pirata de shows...é muito simples hoje, olhem nestes sites de videos e concordarão comigo. Faz pouco tempo comprei dois dvds de shows do Whitesnake na década de 80 e,se tu quiseres, tu encontras dvd's de shows do Ozzy na tour "Speak of the devil", evidente que a qualidade do material, digamos, "Vale pelo registro". Saca? Pois é...
Naquele tempo, era tudo mais difícil e, possivelmente por isso, a gente valorizava mais. Fico com a impressão que a atual geração não dá o devido valor a este tipo de gravação..até porque, literalmente, qualquer pessoa faz. Um abraço a todos!
Até a próxima!
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